31 agosto 2009

Observações no Filme " Vida de Insetos" das Diferenças entre Organizações Mecânicas e Orgânicas.


Fazendo uma analise comparativa entre organizações Mecânicas e Orgânicas, utilizamos o filme “Vida de Inseto” para ilustrar e podermos entender melhor as diferentes características de cada modelo.
Inicialmente, no filme, temos um formigueiro em suas atividades rotineiras, onde podem ser evidenciados alguns pontos de organização mecânica, quando vemos quase todas as formigas desempenhando a mesma atividade com o mesmo padrão, ilustrando assim a padronização de tarefas. Mais adiante temos um pequeno obstáculo, uma folha na trilha, deixando as formigas desesperadas e sem saber o que fazer, até mesmo por não terem autonomia de decisão, necessitando da interferência de um supervisor, e este acontecimento reforça as características de papeis determinados e hierarquia reforçada.
Nesta organização, os papeis são bem definidos, onde cada individuo desempenha unicamente a sua atividade, seguindo rigorosamente os padrões, em uma linha de especialização do trabalho. Temos também uma marca forte de autoridade centralizada representada pela rainha e a princesa. Além disso, observamos um controle burocrático reforçado, quando a princesa identifica uma diferença na contagem, e que foi informada de que não haveria impacto no resultado. E mesmo com o sistema funcionando perfeitamente desta forma, um operário inovador e ousado, o Flick, apresenta uma maquina que traria um resultado três vez maior que o atual, porém não foi ouvido, com a argumentação negativa de que aquele modelo de produção era utilizado desde quando eram larvas. Deixando mais uma vez evidente a especialização do trabalho como ponto mais forte desta organização altamente mecânica.
Contudo, o ambiente externo começa a exigir mais do formigueiro, por conta de um acidente que gera a perda de toda a comida dos gafanhotos os algozes, até então, daquele grupo de operários, gerando assim exigências de produção, o dobro em metade do tempo, criando a necessidade de um novo modelo de produção para atingir o resultado. É ai que entra em cena a persistência e determinação do operário Flick, em tentar buscar ajuda com outros insetos para mudar o cenário, e assim começa a busca que vai gerar um novo modelo de organização no formigueiro. Visualizamos nesta parte do filme uma organização bastante interessante e diferente, “O Circo”, onde os insetos têm uma estrutura flexível, para fazer adaptações de acordo com a reação do publico, mosca.
Todos têm a oportunidade de mostrar seu potencial e a integração entre eles é algo surpreendente na equipe, além de existir a participação direta do líder que dividi as responsabilidades. Na cena da apresentação do circo, expressa claramente varias característica de uma organização orgânica, como: coordenação e equipes multifuncionais, mecanismos de integração complexos, papeis complexos redefinido continuamente, pouco controle burocrático e principalmente descentralização e autonomia.
Estes pontos ficam ainda mais evidentes quando os insetos aceitam o convite de Flick, em busca de novos públicos com o objetivo de ter sucesso, assim como na chegada ao formigueiro onde eles fogem do pássaro utilizando muito improviso. A partir daí observamos na organização do formigueiro, com algumas oscilações entre os modelos.
Na união entre estas duas organizações, percebemos a presença, mesmo que pequena, dos dois modelos, no momento da construção do pássaro, no momento que é necessário uma padronização na tarefa e com papeis determinados, e a quebra da hierarquia quando a princesa participa na execução da atividade, assim como equipes multifuncionais.
No final do filme nos certificamos que a informação ou, a ausência dela, faz muita diferença nas organizações, principalmente quando Flick desafia os gafanhotos e incentiva as “companheiras” a lutarem contra aquela situação de opressão, já que eram os gafanhotos que precisavam delas, gerando não só a mudança de postura com a conquista pelo espaço e respeito, através da “atitude”, e assim passado o período de adaptação às mudanças, descobrem que há outras formas de viver, que os padrões só são positivos até o momento que estão dando resultado e inovar não quer dizer destruir, mas sim adaptar e melhorar os processos.

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